A primeira vez que ouvi Beatles era miúda. A
primeira vez que ouvi com consciência do que estava a ouvir, entenda-se. Estava
com os meus pais, não me lembro que idade tinha, mas tinha a suficiente para
nunca mais me esquecer de me terem dito que eram quatro e que eram de
Inglaterra, ainda que nessa altura, provavelmente, nem soubesse onde ficava a
Inglaterra nem me importasse muito com isso.
Naturalmente foi a “Love is all you need” a primeira
música que decorei como sendo deles. Não entendia patavina de inglês, mas é
senso comum que isso não interessa nada quando se trata de música que fala de
amor. Sente-se. Mesmo que a letra fale de repolhos a cozer ao lume.
“There’s nothing you can do that can’t be done.
Nothing you can sing that can’t be sung.
Nothing you can say, but you can learn
How to play the game
It’s easy.”
Nothing you can sing that can’t be sung.
Nothing you can say, but you can learn
How to play the game
It’s easy.”
Se nos tirarem o ar,
a comida, os agasalhos do corpo (e desde que tudo isto seja metafórico), o amor
consegue alimentar-nos e sobreviveremos. Se nos retirarem tudo num contexto
real, podemos sobreviver por amor. Porque o amor não está explicado, e tem
propriedades físicas, químicas e quânticas que permanecem um mistério.
Todos precisamos de
amor, todo queremos o amor. Todos queremos todos os tipos de amor. Todos
procuramos o amor, ainda que muitas vezes nem saibamos que o estamos a
procurar. Por isso, todos o que dizem não querer o amor, mentem.
E bastem-se de
mentiras!
“Nothing you can make that can't be made.
No one you can save that can't be saved.
Nothing you can do, but you can learn
How to be you in time
It's easy.”
No one you can save that can't be saved.
Nothing you can do, but you can learn
How to be you in time
It's easy.”
Os movimentos dos
anti-amor, do bando de limões secos, que meteram o resto da Humanidade no saco
do “são todos iguais e não há nenhum que eu queira, porque estou muito bem
assim” já tiram a paciência a um santo. Estão a espalhar-se como um vírus dos
filmes de zombies, e não quero ser contaminada. Os veículos são as redes
sociais, onde, pelas minhas contas 100% são pessoas bem resolvidas e 95% odeiam
o amor e amar, exceptuando os 10 dias do mês em que conhecem alguém novo e se
entusiasmam. Os outros 5% destes últimos 95% correspondem aos casais felizes,
que têm momentos bonitos para partilhar.
Caros solteiros por
opção (dos outros, muitas vezes, como é o meu caso): deixem-se de mariquices,
de dizerem que não procuram alguém que vos trate bem, que vos mime e que vos
ame. Não digam que a culpa é do álcool, do signo ou do modo de vida actual. Se
há coisa que é intemporal e que sabe sempre bem é um belo romance, uma paixão
arrebatadora, um beijo roubado e uma mão na mão.
A vocês, que dão
tanta enfâse ao facto de estarem sozinhos, a ponto de ter que o relembrar aos
transeuntes uma vez por semana, pelo menos, o que só demonstra que estão
mortinhos por encontrar alguém, só tenho a dizer:
“All you need is love, all you need is love,
All you need is love, love. Love is all you need.
Love, love, love, love, love, love, love, love, love.
All you need is love, all you need is love,
All you need is love, love. Love is all you need.”
Publicado originalmente em: Notícias do Nordeste
All you need is love, love. Love is all you need.
Love, love, love, love, love, love, love, love, love.
All you need is love, all you need is love,
All you need is love, love. Love is all you need.”
Publicado originalmente em: Notícias do Nordeste