Todas as estórias de Amor que
conheço são bonitas.
Não há uma única estória de Amor
que não tenha sido bonita, ainda que ao de leve.
Se não foi bonita, se foi
doentia, se fez sofrer, então, não era Amor.
Porque o Amor foi criado para ser
bonito. Tem que ser bonito, porque foi assim que foi definido. É o que vem
escrito nas informações de “como usar”, que deve ser bonito.
Dentre essas histórias que
conheço, do Amor que é bonito, lembrei-me de uma que envolve um casal que já se
conheceu no chamado “meio tempo”. Depois de duas vidas em comum, com outras
duas pessoas, quis o destino que calhassem juntos eles os dois, feitas as
devidas contas de subtrair.
Posteriormente, creio, foi sempre
a somar. Ela foi para a Alemanha, onde tinha vida. Ele foi atrás, mesmo sem
saber muito bem o que ia para lá fazer, sem dominar a língua, tão-pouco. Mas
tinha uma certeza – o Amor é bonito, aquele Amor era bonito, e não era a feiura
da dificuldade que o iria apagar. Digam-me, isto não é, simplesmente, bonito?
O Amor é bonito porque nos faz
acreditar, nos torna fortes e nos tira os medos. O Amor puro e desinteressado é
bonito.
Não quero acreditar num Amor que
não seja bonito. Proíbam já, neste momento, que qualquer um devasse o nome do Amor,
ao dizer que ele não é bonito. É que o Amor é um inocente, que precisa de ser
defendido dos vis pecados carniceiros dos reles humanos, daqueles que não sabem
amar. Daqueles que, pobres coitados, não perceberam ainda que o Amor é bonito.
Vou continuar a acreditar que o
Amor é bonito, que foi feito para ser bonito, que só pode ser bonito.
E se um dia a feiura da
dificuldade turvar a minha visão, qual serpente do Paraíso, vou fechar os olhos
e pensar no Amor – naquele que é bonito.
https://www.youtube.com/watch?v=TVQbyRZ_euQ